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:: Fala-se : A Senhora que se Segue...









Na campanha eleitoral. Michelle Obama é a maior e melhor defensora do seu candidado e marido. Celébre, a apartir de agora, pela sua fraqueza, esta potencial primeira-dama tornou-se uma encarnações do sonho Americano...







Lançar-se na política quando se tem a responsabilidade de uma família é pura loucura”, desabafou em Julho do ano passado, em entrevista, Michelle Robinson, a Sr.ª Obama há 15 anos.Cortando na casaca do marido, a brilhante advogada de pernas bem torneadas era, naquela época, pródiga em remoques e inconfidências mais ou menos desfavoráveis ao marido:
“Ele dá puns na cama, ressona, e só pensa nele [...]. O Barack tem umas orelhas grandes mas um cérebro pequenino, esquece-se de guardar a manteiga no frigorífico e deixa as meias sujas espalhadas pela casa.
”Provocadora, a dama, em nome de um sentido de humor e do repto consumado, acabava de queimar a imagem do cônjuge nas colunas da revista Vanity Fair:
“O segredo de um casamento bem sucedido está numa certa dose de teatro”, explica Michelle, serena, “mas um único homem não consegue satisfazer todas as nossas fantasias [...]. Barack é apenas um homem, não é exactamente o Messias que vai resolver tudo.”


Em cima Michelle com o marido e Oprah Winfrey, apoiante da campanha. Em baixo com o marido.


Michelle Obama é um dos mais importantes motores da campanha do marido, Barack Obama.Oh! Mrs Robinson! Isto foi há um ano. Depois, a gazela de ébano – de saltos fica quase mais alta do que o marido, antigo basquetebolista – tornou-se consideravelmente sensata.
Michelle Obama nasceu no dia 17 de Janeiro de 1964. Há precisamente 44 anos.
O pai, falecido em 1990, era empregado da companhia das águas na câmara de Chicago e a mãe era assistente social. Viviam numa casa com duas assoalhadas, janelas protegidas dos ladrões por redes de arame, nos subúrbios pobres e agitados da capital do estado de Illinois.
Negra, muito trabalhadora, elemento do coro da fervorosa paróquia baptista do South Side – e já muito coquete! –, Michelle transpôs todos os níveis dos brancos: laureada da Young High School em 1981, licenciada em sociologia pela universidade de Princeton em 1985, doutorada em Direito (menção honrosa) pela Harvard Law School em 1988 (um ano antes do seu futuro marido), nomeada vice-presidente encarregada dos assuntos externos do centro hospitalar da Universidade de Chicago em 2005.
Michelle e Barack conheceram-se no Verão de 1988 quando estagiavam ambos na Sidley Austin, uma grande firma de advogados de Chicago. Foi na cafetaria que trocaram os primeiros olhares. Quando a relação se tornou mais séria, Michelle, prudente, pediu ao irmão, Craig, ex-basquetebolista profissional, que tirasse a pinta ao seu pretendente.
“O basquetebol de rua é um desporto em que a honra é muito importante”, conta Craig. “Não há árbitro, portanto, tudo depende da honestidade de cada um. O comportamento no terreno permite descobrir que tipo de pessoa se é.” De facto, Craig leva Barack para jogar. O teste terá sido conclusivo.
No dia 18 de Outubro de 1992, todo o coro do South Side canta no casamento. O casal instala-se em Kenwood, no South Side de Chicago. Barack e Michelle esperam sete anos antes de terem o seu primeiro bebé, uma menina, Malia. Em 2002 nasce Natasha, dita Sasha.Nesses anos a vida nem sempre era fácil. Ambos trabalhavam.
Barack lançou-se na política. Michelle deixa a firma de advogados para entrar na função pública. “Em determinada altura da minha vida acreditei poder encontrar em Barak a ajuda de que necessitava. Não é que ele não fosse atencioso para comigo, mas nunca estava lá! Então fiz colecção de amas e de babysitters e construí a minha própria comunidade.
“Barack”, explica ela, “não crescera junto do pai e a mãe corria mundo: casámos com noções bem diferentes sobre as necessidades dos filhos.” Cada um dava o que tinha.


Michelle com as filhas e Obama.

“Temos um compromisso”, insiste ainda hoje. “Agora, quando ele volta para casa, vai levar o lixo, põe a roupa a lavar e faz as camas porque as filhas precisam de o ver fazer isso e eu sei que também tenho necessidade de que ele o faça.” Nestas últimas semanas, Michelle Obama empenhou-se totalmente na campanha do marido. Inicialmente tinha encarado a hipótese de pedir uma licença sem vencimento (ganha 275 000 dólares por ano no seu emprego no centro hospitalar da Universidade de Chicago), mas diminuiu em 20 por cento as horas de trabalho. Deita-se às 21h30, para se manter em forma, e começa o dia às 4h30 a fazer passadeira.
“Não sou uma esposa perfeita como Nancy Reagan, que nunca dizia piadas sobre o marido em público”, reconhece. “Amo o Barack. Acho que ele é um dos homens mais brilhantes que alguma vez conheci. Mas também não é perfeito e não peço a ninguém que acredite que ele o seja.
Não preciso da bagagem da Hillary. A minha chega-me. Barack não vai ser um Presidente perfeito mas dirá sempre a verdade. Saberão sempre onde ele está e o que está a fazer!” Embora ela nunca mencione o casal Clinton, as tiradas de Michelle sobre a integridade do marido têm subentendido o óbvio contraste com o que Hillary conheceu.
“Quando me perguntam ‘Que espécie de primeira-dama vai ser a Michelle?’, tento ser honesta, com muito humor e aberta. O que vêem em mim durante a campanha é o que provavelmente serei na Casa Branca, porque é o que eu sou verdadeiramente.”Arrebatadora, numa recente entrevista na televisão, Michelle exclamava:
“Barack e eu fazemos o nosso melhor. Precisamos de uma grande mudança. Não há mais tempo a perder. O que eu quero para os meus filhos não é o mundo que hoje temos."
Via Revista Máxima