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:: Na Ribalta...




Uma peça de teatro e um filme unem Nuno Lopes e Rita Loureiro. Conversa de uma tarde com dois talentos da nova geração de actores.Por Leonor Xavier

Ambos estão agora em palco na mesma peça Don Carlos, no Teatro da Cornucópia, e em cena no mesmo filme Goodnight Irene, outra pele não poderiam ter tanto quanto a de actores, nesta vida. Ela e ele têm uma alegria de certezas e de esperança que irradia e dói, quando pensamos no nosso país sombrio. Uma juventude em fase radiosa, que se lhes vê nos olhos e afirmam em riso, quando o assunto é a própria vida. Organizados, deixam-se falar um ao outro, sem arestas, atropelos ou interrupções por desrespeito.Rita Loureiro chegou um minuto antes de Nuno Lopes, vieram separados e falam complementares, a continuar--se no pensamento. Começamos pelos princípios e vocações, Rita começou por querer ser bailarina, fez ballet, depois do 12.º ano foi para o Conservatório, para ser actriz. O mais interessante dessa época? “Foi o grupo, Diogo Infante, Marcantonio Delcarlo, Carlos Pessoa, Miguel Seabra. Concretizámos coisas.” Diz nomes de actores e não de actrizes, justificando: “Até parece pretensiosismo, mas não é. Há muito poucas das que fizeram o curso comigo a trabalhar regularmente.” As figuras de referência:
“João Mota é um homem que nos desafia, um professor atento à personalidade, ao carácter e às manhas de cada um, e é muito paternal. Ele e a Glicínia Quartin, que tinha uma isenção admirável com os alunos. Devo à Glicínia o meu primeiro trabalho, nunca pensei que ela me indicas--se, era tão discreta. Foi com a Acarte, n’A Ilha do Oriente, do Mário Cláudio, com encenação do Filipe La Féria.”
A continuá-la, e depois de um segundo de pausa, Nuno diz: “Tenho 29 anos.
No início queria ser o Jacques Cousteau, fazer documentários de biologia marítima. Com 10, 11 anos, vi um programa de televisão sobre limpeza dos
esgotos do Tejo feito por biólogos, desisti, eu queria tubarões. Queria algo com criatividade, pintura, tocar em bandas como músico. Aos 14 anos fui a um sarau onde as meninas dançavam e os rapazes tocavam, e o António Feio apresentava alunos de teatro. Inscrevi-me nas aulas dele, foi fundamental para mim porque explorava a criatividade e dava liberdade aos alunos.” Bons alunos, a família aceitou-lhes a vocação. A mãe de Rita desejava-a advogada, mas compreendeu-a
e ajudou--a: “O pai disse uma coisa muito bonita segue o sonho, sê muito boa no que vais fazer, um artista não pode contentar-se com a mediocridade.”
Os pais de Nuno reagiram bem, “mas exigiram um curso primeiro”.
Aos 38 anos, para Rita o importante foi o Teatro da Cornucópia, já em 20
peças como actriz desde 1990. “Tenho tido uma regularidade de trabalho fundamental como formação, para conhecer-me como actriz.” Nuno tinha começado o Conservatório, quando Luis Miguel Cintra foi ver o trabalho dos alunos de João Mota: “Houve um lado técnico de corpo e voz no Conservatório, que aprendi melhor na Cornucópia.” Afectuosamente falam da Cornucópia,
Nuno gosta de Luis Miguel e de Cristina Reis “como família e como trabalho, fazem parte da minha formação”. Rita fala da cumplicidade, que decorre da exigência de parte a parte. Para melhor se dizerem, definem--se: “Eu e o Nuno somos actores muito físicos” – “Partimos pelo corpo” – “A energia tem de
fluir por todo o corpo” – “Eu quando começo a trabalhar vejo qual é a atitude física da minha personagem, como anda e se mexe, o resto vem depois.”

“A vida nesta profissão é feita em velocidade de cruzeiro. Só assim tenho a percepção de mim e da minha evolução.”

Têm tido experiências opostas, na arte e na vida. Nuno pensa que no teatro, o importante é a aprendizagem. A sua tem-se passado também lá fora, depois
do começo no Conservatório: “Tive professores privados em Nova Iorque,
Susan Batson e Robert Castle, porque queria aprofundar o cinema.
Fiz um Master Class na École des Maîtres com Rodrigo Garcia,
um argentino que faz um trabalho do género Pina Bausch, mais político e violento.” Rita teve uma outra história: “Eu viajei muito pouco, entrego-me
muito facilmente a paixões, apaixonei-me muito cedo por um actor,
saí de casa dos meus pais e fui viver com ele, vivi sete anos uma relação
intensa, fui ficando e perdendo a coragem de ir lá para fora estudar, tenho às vezes pena por não ter ido, mas vivi intensamente essa paixão. E outras que vieram a seguir. Comecei a viver a minha vida. Isso faz parte da minha
formação, tentei formar a minha pessoa, acreditar na actriz veio depois,
tenho uma filha de três anos, há uma série de âncoras aqui.” E os dois acham
que para actores e actrizes o teatro pode ser uma profissão como outra
qualquer, em que a família é preservada. Para Rita “não é preciso ser tão
radical, o que fazemos é para um público, tem uma certa projecção, o que eu mostro de mim é a actriz, a minha família e ligações, não”. Nuno fala de
actores que escolheram ficar numa Companhia, para ter uma vida estável. E confessa: “Eu gosto de instabilidade, de fazer teatro, televisão, novela no Brasil, cinema.”Rita não se interessa nem se move pela popularidade: “A vida nesta profissão é feita em velocidade de cruzeiro. Só assim tenho a percepção de
mim e da minha evolução. Não me atrai a opinião de certas pessoas.
Não tenho medo quando se acendem as luzes e começa o espectáculo, mas é quando acaba. Então o medo é enfrentar aqueles cinco que têm a opinião
que me interessa, isso é terrível. Não somos funk, o Nuno e eu temos uma
presença agradável no palco. Fico irritada quando vêm dizer:
‘Estavas tão linda.’
Claro que a Cristina Reis faz figurinos lindos! Ou então: ‘Como é que consegues decorar aquele texto todo?’, em vez de perceberem que criar uma inteligência
da personagem, viver um mundo, renovar todos os dias é o trabalho. Há dificuldade de comunicação, os portugueses foram muito castrados no
direito a emitir opiniões, a cultura é erudita, na Alemanha qualquer pessoa
vai ver uma peça e diz o que sente.”Nuno desenvolve a crítica: “É a ideia
de que sentimento é piroso, de que a emotividade é um sentimento menor,
um sentimento piegas, é uma estupidez. Surpreendeu-me muito,
nos Estados Unidos, a capacidade de se dizerem as coisas. Lá, em relação à religião, as pessoas são mais fervorosas, mais emotivas. Eu ia às missas no Harlem, apesar de não ser crente, porque eram um espectáculo emocional,
eram o monólogo de um actor. Aqui tudo é racional, fala-se pouco de amor ou sentimento, diz-se o que se pensa ou o que se acha do sentimento.
Na geração pós-25 de Abril é mais fácil um actor expor-se do que os que
têm 50-55 anos.”Assédio ou perseguição de gente apaixonada?
Rita já recebeu cartas amáveis de admiradores. Mas na maioria das vezes,
passa despercebida: “Quando faço televisão tenho uma imagem sofisticada,
na minha vida real sou diferente das personagens, eu nunca me maquilho
nem ando de saltos altos, tenho um lado urbano e simples, não sou empiriquitada. As pessoas vão lá pela voz grave.” Sobre a voz aguda da
maioria das actrizes arrisca uma hipótese: “Ser atribuída a fragilidade na personagem feminina pelo tom de voz. Como o meu não é agudo, não tem
essa fragilidade.” Nuno sofreu como sex-simbol no Brasil, cresceu e
aproveitou o aprendizado, enquanto fez a novela Esperança na TV Globo:
“Sou dos poucos portugueses que posso dizer que fui mesmo famoso.
Tive de andar sempre com seguranças fora do Rio de Janeiro.
Na Bahia, não podia sair do hotel por contrato, fui parar ao Hospital em São Paulo, depois de uma ‘presença’ num centro comercial, que era uma sessão
de autógrafos, foi a primeira e a última vez que fui. Gostei das cenas boas
que fiz na novela, profissionalmente foi bom ter conhecido grandes actores,
como o Gianechini ou a Maria Fernanda Câncio, que ficaram meus amigos.
Foi a primeira vez que fiz televisão sem ser comédia, só com uma câmara
como se fosse cinema. Conheci também o lado mau, a fama, a exposição, os paparazzi. Foi óptimo, porque percebi que faço esta profissão pelo prazer
de representar, não por procurar fama ou exposição. No fim, podia ter ficado mais três anos na Globo, queriam que assinasse contrato. Tinha 23 anos, de repente é-se endeusado, as pessoas olham-nos como a família real, o risco é acreditar nisso, porque é fácil.” Rita concorda e acrescenta: “O perigo nos Morangos é esse. Pegar em miúdos muito novos e tornarem-se deuses dos adolescentes. Miúdos que não percebem que aquilo não é tudo e ficam nesse endeusamento.”


Nuno Lopes e Rita Loureiro, dois jovens mas já muitoexperientes actores. Podemos vê-los na peçaDon Carlos no Teatro da Cornucópia e no filme
Goodnight Irene.

Falamos da peça Don Carlos, a confirmar que Luis Miguel Cintra toma os
grandes temas e ideias nos textos encenados, discretamente vai apontando
as grandes questões através do Teatro da Cornucópia. Nuno concorda:
“Ele tem a ideia do actor interveniente na vida política do país.
Nunca faz teatro de divertimento, mas teatro de consciência dos problemas.
” Rita explica: “Esta peça trata do confronto entre o poder e a humanidade,
da acção do poder sobre a sociedade e as pessoas. Filipe II tem um amigo
do filho D. Carlos, que é a personagem do Nuno, D. Rodrigo, que luta pela possibilidade de haver humanidade no exercício do poder contra as regras católicas de expansão territorial, que são desumanas. Prova-se que a
humanidade é impossível na corte de Filipe II de Espanha.” E Nuno continua:
“A peça trata da ideia de liberdade. A ideia é tão actual! Hoje, os políticos
mais humanos são mortos ou banidos. Dizer que o Dalai Lama incita à
violência é isso.”Para o fim deixamos o filme de Paolo Marino Blanco,
Goodnight Irene, em recente estreia. Rita conta a história: “Irene é uma
pintora que se esqueceu de pintar porque se dedicou à família e resolveu
fugir e mudar de vida para retomar a pintura. Encontra-se com um
homem que decide pintar, entra na vida dele, até que conhece o personagem
do Nuno e desaparece como apareceu, só deixa a memória.” E Nuno diz os caracteres: “No filme são dois homens solitários, um no fim da vida com
uma doença terminal, e o outro, o meu personagem, um jovem sem nenhuma relação com o mundo exterior, sem afectos. Ela é a primeira presença na vida deles. O filme é trágico, cómico e divertido, mostra que as pessoas não têm
noção de que precisam umas das outras.”Ambos foram escolhidos pelo
realizador do filme, que fez um casting intensivo para os seus protagonistas.
Nuno tem tido todos os seus papéis por casting, Rita desvenda a complexidade
do meio: “Quando aparecemos mais a fazer mais coisas, as pessoas
chamam-nos para outros trabalhos e mais aparecemos. Em Portugal os realizadores de cinema vão pouco ao teatro, os actores funcionam como
grupo, os próprios sistemas de produção são frágeis.” Para ela, fazer
Goodnight Irene não foi fácil mas foi bom: “Fazia teatro ao mesmo tempo,
não se pode olhar para o relógio a partir das seis e meia, o cinema exige
esquecer tudo, até acabar.” Para Nuno, o filme foi felicidade:
“Quase todo o filme era eu com o actor galês, foi engraçada a relação de cumplicidade com um actor doutra geração e de outro país.
Ele é uma pessoa maravilhosa, a melhor recordação da filmagem foi
a relação com ele. A ficção passou para a vida real, a amizade foi crescendo
à medida que crescia a amizade das personagens.
No acting, é verosímil que sejam amigos de verdade.”

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Exposição "A Sombra do Espelho" de Ana Sério na Galeria Ratton

A Galeria Ratton inaugura quinta-feira, 19 de Junho, às 22h a exposição de pintura – óleo s/ tela e papel – caixas A SOMBRA DO ESPELHO de Ana Sério. A exposição ficará patente ao público até 31 de Julho de 2008.
PortoCartoon 2008

Mais de duas centenas de cartoons sobre os Direitos Humanos podem ser vistos, a partir 20 de Junho, no Museu Nacional de Imprensa, no Porto. A mostra inclui não só os premiados como também uma selecção de cartoons vindos dos quatro cantos do mundo.

10 anos de teatro em Abrantes
Exposição Comemorativa dos 10 Anos do Grupo de Teatro Palha de Abrantes de 2 a 30 de Junho de 2008, na Biblioteca Municipal António Botto em Abrantes. Exposição composta por cartazes, guarda-roupa, cenários, imagens, adereços... utilizados nas peças realizadas durante os 10 anos do Grupo de Teatro Palha de Abrantes. Horário: De segunda a sexta-feira das 9h00 às 19h30 Encerra aos Sábados e Domingos Sessão de Abertura 6 de Junho de 2008, às 21:00h, na Biblioteca Municipal António Botto Abrantes Oradores: Helena Salvador - O Teatro e os Teatros de Abrantes José Manuel Heleno - O descaramento do Teatro Rafael Vergamota - A importancia do Teatro Amador no contexto nacional


Museu abre portas



No Dia Mundial da Criança, 1 de Junho, o Museu do Oriente sugere, para os mais pequenos, um conjunto de iniciativas, que celebram a diversidade, a brincadeira e o convívio, desafiando à invenção de novos mundos e personagens. A entrada é gratuita até aos 12 anos. A representação de uma história japonesa sobre a saga de um menino que, por milagre, nasce dentro de um pêssego e se torna num forte guerreiro, é uma das propostas do museu. No final da peça “A História de Momotaro” haverá, ainda, a possibilidade de dar vida a todos os seres fantásticos que participam na narrativa. Os pequenos descobridores do Oriente podem, também, participar num ateliê de “Yoga para Crianças”, composto por histórias, jogos, canções e exercícios de expressão plástica. Nesta data festiva, os mais novos têm, ainda, a oportunidade de levar para casa um presente especial, feito pelas suas próprias mãos, no workshop “Construção de Chapéus Chineses”, ou de dar vida a um quadrado de papel através do “Origami”, a arte japonesa de dobrar papel. Entre as sugestões disponibilizadas por este espaço de excelência no contexto cultural português, contam-se as exposições permanentes, com núcleos de arte chinesa, indo-portuguesa, japonesa e timorense, testemunhos da relação entre Portugal e o Oriente, e a exposição temporária Máscaras da Ásia. O Museu do Oriente está aberto das 10h00 às 18h00, de Quarta a Segunda-feira, e às Sextas-feiras encerra às 22h00, com entrada gratuita a partir das 18h00. O museu encerra às Terças-feiras.





















O tio João (Vânia)






Um velho professor reformado, Alexandre, vai viver para a herdade da sua primeira mulher. A sua chegada perturba a vida tranquila, mas de esforçado labor da sua filha Sónia e do seu cunhado Vânia ou tio João, que explorando a herdade, retiram do seu cultivo a sua própria alimentação e o sustento económico do professor. Pela primeira vez na história dramaturgica mundial, aparece a personagem de um ECOLOGISTA, um médico amante da natureza, personagem de uma enorme e lúcida comicidade e disruptora de sentimentos amorosos e apaixonados... Helena, não de Tróia, mas a segunda mulher do professor, é tal como essa, disputada pela sua beleza e inquietante tédio e será despoletadora de um caos dramático... É essa visão trágica e cómica da condição humana, onde a diluição das ambições, a vacuidade do quotidiano, onde a paixão ou os nobres sentimentos de sacrifício se articulam. Tédio, preguiça, aborrecimento, doenças e paixões, ressentimentos e ódios; estes são os ingredientes desta mistura explosiva, O TIO JOÃO (Vânia). Quatro mulheres e quatro homens, seres contaminados pela inquietante procura do "tempo da felicidade ". Os espectáculos vão acontecer dias 5, 6, 12, 13, 19, 20, 26 e 27 de Julho.

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Resumo 2000--2008, de Balla
Bendita a hora! A modernidade portuguesa, mesmo de gosto retro espalhado por arranjos e palavras, de Gainsbourg ao swing, não pode ignorar Armando Teixeira. Ou seja, Balla, bem “comprimido” em disco (e bónus) obrigatório em qualquer colecção.
Cool Tributes – Pop Standards Revisited de Vários
Os apreciadores de versões não desdenharão este registo (duplo): Billie Holiday e os Beatles, Stranglers e Nirvana, Aretha Franklin e Terence Trent d’Arby. Em muitos dos 38 casos, uma revolução total e sedutora.

Story Teller, de Marta Hugon


De novo com o trio (piano, contrabaixo, bateria), com guitarra e trompete de ocasião, aí está a prova de um crescimento saudável e sem corantes da cantora portuguesa. Continua por terrenos de jazz, a que chama até Paul Simon e Chico Buarque. Brilhante.


Mr. Love & Justice, de Billy Bragg



Este inglês que esteve em “todas” as manifestações contra a senhora Thatcher e acabou profundamente desiludido com o New Labour de Tony Blair não desiste da política – radical e frontal. Mistura-a com canções de amor ardente, igualmente ingénuas.



Discipline, de Janet Jackson




Ao terceiro contrato milionário e dobrados os 40 anos, a irmã mais nova de Michael demonstra uma extraordinária capacidade para se reinventar. A dança está mais concisa, seca e eficaz – e tem, ao menos, três êxitos garantidos.




E, haja Deus!, voltou a ser sexy.




Tucanas, de Maria Café









Um belo exemplo de como um projecto sem modelo tradicional – a base são mesmo as percussões, a que se juntam as vozes e um acordeão – pode resultar numa aventura fascinante. Do Brasil a África, mas sobretudo português e imaginativo. Estreia alta.





Rain , de Joe Jackson






Observador, apaixonado (pessimista…) e mestre da ironia, Jackson não muda. Volta a deixar de fora a guitarra eléctrica e a não precisar de mais do que voz, piano e secção rítmica para dar uma lição pop. Os requintes estão-lhe na massa do sangue. Perfeito.






Hard Candy, de Madonna







Hard Candy, o novo álbum de Madonna, vai ser assunto incontornável de conversas mundanas. Salta para as ruas a 28 de Abril, e há a hipótese, através da Internet, de os fãs incondicionais da diva da Pop comprarem o álbum antes do lançamento. Está também disponível uma edição de luxo. Depois de Hung Up, em 2005, o novo êxito estará na canção 4 Minutes.

































Seventh Tree de Goldfrapp










Trocaram a licra, as roupas sintéticas e brilhantes das pistas de dança pelo linho, mais condizente com ambientes bucólicos – se a imagem viesse da moda e não da música, esta seria a abordagem ao quarto álbum da dupla Goldfrapp. O choque dá-se logo de entrada, quando as camadas electrónicas arquitectadas para os dois discos anteriores são derrubadas por uma guitarra acústica e por um suave arranjo de cordas, os sinais de Clowns. O parâmetro, em momentos anteriores, chegou a ser Madonna. Agora, tudo muda: volta a influência de Kate Bush; regressam as guitarras atmosféricas à moda dos Orbital, com quem Alison colaborou na “pré-história”; paira uma piscadela de olho ao jeito dos St. Etienne; para complicar de vez, há momentos em que Miss Goldfrapp parte para a herança de Elizabeth Fraser (Cocteau Twins). Canções como Happiness, Road To Somewhere, Eat Yourself ou A & E confirmam: fica bem um intervalo nas danças; se não, ainda se acaba no meio da tristeza dos “sempre em festa”.






















19, de Adele











Claro que uma presença tão forte como a de Amy Winehouse teria de dar direito a uma escola. No caso de Adele Laurie Blue Adkins, nascida a 5 de Maio de 1988, não será tanto a voz (entre Melanie Safka e Etta James) mas a atitude depressiva que a matricula. Em estado puro, já é uma revelação de 2008. Soberbo. E vem aí Duffy…

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O Acontecimento, de M. Night Shyamalan
Do realizador M. Night Shyamalan (O 6º Sentido, Sinais) surge um “thriller” paranóico e impressionante sobre uma família em fuga de um inexplicável e imparável acontecimento que ameaça não só a espécie humana…mas também o mais básico instinto de todos: a sobrevivência. Começa sem aviso. Parece que vem de parte incerta. Em minutos, episódios invulgarmente estranhos: mortes arrepiantes, que desafiam a razão e americanas. Qual será a causa deste súbito e total colapso do comportamento humano? Será alguma nova espécie de ataque terrorista, uma experiência científica que correu mal, uma diabólica arma tóxica, ou um vírus incontrolável? Está a ser transmitido pelo ar, pela água…comofazem enlouquecer provocando uma chocante autodestruição, alastram nas principais cidades e de onde vem a ameaça? Não procure a resposta, já é tarde demais. Nós sentimos. Nós vimos os sinais. Agora …está a acontecer. Estreia: 12 de Junho

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O Incrível Hulk, de Louis Leterrier
O Incrível Hulk» arranca como uma totalmente nova e explosiva aventura de um dos mais populares super-heróis de todos os tempos. Neste novo começo, o cientista Bruce Banner (Edward Norton) procura desesperadamente uma cura para a radiação gama que envenenou as suas células e libertou uma fúria descontrolada dentro de si: O Hulk. Vivendo nas sombras - afastado da vida que teve e da mulher que ama, Betty Ross (Liv Tyler) – Banner luta para evitar a perseguição obsessiva da sua nemesis, o General Thunderbolt Ross (William Hurt), e da artilharia militar que procura capturá-lo e brutalmente explorar a sua força. À medida que os três enfrentam os segredos que conduziram à criação do Hulk, são confrontados com um monstruoso e novo adversário conhecido como A Abominação (Tim Roth), cuja força destrutiva excede até a de Hulk. Caberá ao cientista Bruce Banner fazer a derradeira escolha: aceitar uma pacata vida como Bruce Banner ou descobrir o heroísmo na criatura que vive em si – O Incrível Hulk. Estreia: 12 de Junho

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Alexandra, de Alexander Sokurov

Chechénia, nos dias de hoje. Uma frente russa. Aleksandra Nikolaevna é a avó que visita o neto, um dos melhores oficiais da sua unidade. Passam-se os dias e ela descobre um novo mundo. Um mundo de homens onde não há mulheres, sensibilidade ou conforto. O dia-a-dia é pobre, num local onde as pessoas são parcas nos seus sentimentos. Simplesmente, porque talvez não haja tempo nem energia para isso. A cada dia, cada hora, decidem-se questões de vida ou de morte. No entanto, é um mundo ainda habitado por pessoas.
Estreia: 12 de Junho

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Encontro em Lisboa, de Tom Gabbay
Julho, 1940. Rodeado de nazis e mulheres fatais, Jack Teller inicia uma guerra para acabar com todas as guerras Estamos no Verão de 1940 e a Europa está sob o jugo da máquina de guerra nazi. Jack Teller chega a Lisboa, cidade neutra, pelo braço da estrela de cinema Lili Stern, para ajudar a procurar a sua amiga de infância, Eva Lange. Tendo fugido do terror nazi, crê-se que Eva esteja escondida por entre os milhares de refugiados desesperados que caíram sobre Lisboa. Mas Jack não é o único no seu encalço. O melhor detective de Hollywood, Eddie Grimes, estivera a tratar do caso - até aparecer morto. Em vez de respostas, Jack põe a descoberto uma série de mistérios que vão desde os glamorosos clubes nocturnos do Estoril - convivendo com pessoas como Eduardo, duque de Windsor, e a sua ardilosa mulher, Wallis Simpson - até às ruelas húmidas e perigosas de Lisboa. Jack vai fazendo descobertas chocantes que o levam de Lisboa às avenidas arriscadas de Paris, onde os seus actos podem mudar o curso da guerra. Encontro em Lisboa evoca os tempos de terror e incerteza, e impõe o lugar de Tom Gabbay entre os melhores escritores policiais da actualidade.
Casa das Letras, 332 pp, € 18)

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O Livro de Ouro das Raparigas Prendadas, de Rosemary Davidson e Sarah Vine
As raparigas sabem tudo sobre Internet e jogos de computador mas continuam a querer desenvolver o seu lado feminino. Este livro recupera os valores tradicionais, adaptando-os ao mundo frenético de hoje. Dezenas de propostas: jogos, receitas, truques e histórias de antigamente. Bem divertido para leitoras dos 10 aos 75 anos.
(Casa das Letras, 306 pp, € 22)

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O seu bebé mês a mês, de Su Laurent e Peter Reader

Trata-se de um manual completo para aconselhar os pais durante os primeiros dois anos de vida do bebé. Desde as primeiras horas até às primeiras frases, este livro pretende mostrar o que esperar, o que fazer e quando fazê-lo. Inclui ainda secções especiais sobre o papel do pai e conselhos de especialistas sobre doenças infantis e preocupações com o desenvolvimento.
(Civilização, 320 pp, € 31.98)

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Roda da Vida: Memórias do Viver e do Morrer, de Elisabeth Kübler-Ross
Elisabeth Kübler-Ross foi a mulher que modificou a forma como o mundo ocidental encara a morte e o morrer. Começou com a publicação de um livro revolucionário e inovador – Acolher a Morte (On Death and Dying) – que já se tornou num clássico da Psicologia. Paralelamente desempenhou um trabalho pioneiro de pesquisa e acompanhamento de crianças com doenças terminais, com doentes com sida e com idosos. Levou conforto e compreensão a milhões de pessoas que tinham de lidar com as suas próprias mortes, ou com as mortes dos seus entes queridos. Aos setenta e um anos, quando enfrentava a sua própria morte, esta terapeuta de renome mundial conta a história do seu extraordinário percurso, neste que será o seu último livro.
(Estrela Polar, 336 pp, € 24.00)

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Quero Um Bebé, de Marilyn Glenville
Soluções naturais para aumentar as hipóteses de engravidar e de ter um filho saudável. A psicóloga e nutricionista inglesa Marilyn Glenville apresenta um plano simples e eficaz de 4 meses, a começar antes da concepção, que inclui programas correctos de alimentação, suplementos vitamínicos e conselhos na alteração do estilo de vida do casal, que vão permitir aumentar as suas probabilidades de engravidar. Ficar em excelente forma antes da concepção é um pequeno preço a pagar para conceber um ser humano saudável...
(Estrela Polar, 264 pp, € 17.00)