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:: Prémio José Donoso entregue ao escritor António Lobo Antunes...



António Lobo Antunes congratula-se com prémio José Donoso O escritor
António Lobo Antunes congratulou-se hoje com o facto de ser o primeiro
escritor europeu a receber o Prémio José Donoso, um dos mais prestigiados do panorama literário Ibero-Americano, atribuído pela Universidade de Talca, no Chile.
«Para mim, um prémio com o nome de um escritor latino-americano - que tão importantes foram para os escritores da minha geração e tão importantes continuam a ser para todos os escritores - é uma honra», disse o romancista,
na cerimónia de entrega do galardão que o distinguiu em 2006, realizada no Instituto Cervantes, em Lisboa.
Composto por uma medalha, um diploma e um cheque de 20 mil dólares,
o prémio José Donoso foi entregue ao fim da tarde a Lobo Antunes pelo reitor da Universidade de Talca, Juan Antonio Rock, numa sessão que contou igualmente com a participação do presidente do júri, Javier Pinedo, da mesma universidade, e de António Vieira Monteiro, do Banco Santander.
Às vezes - observou o escritor - «digo a mim mesmo que um prémio nada tem
que ver com a literatura, no sentido em que não a torna nem melhor, nem
pior do que era, o que não é literalmente verdade».
«Recebi muitos prémios - por vezes, penso que sou um cavalo, que ganha
prémios - mas poucos me deram
CONTINUA ...

martedì

:: Livros - O Último Minuto na Vida de S.,


O Último Minuto na Vida de S., de Miguel Real
2008-02-18 06:19:03

Snu Abecassis e Francisco Sá-Carneiro viveram um grande amor que está na base desta ficção.
“S.”, personagem inspirada em Snu Abecassis, a narradora desta história, mulher bonita, inteligente e culta, vinda da Suécia no início dos anos 60, divorciada de um português, ficaria à frente de uma prestigiada casa editora: “(…) desafiara o Estado publicando livros proibidos”. Por ela se apaixonou Francisco Sá-Carneiro, primeiro-ministro de Portugal, casado e com filhos – um escândalo, à época, no “país mais arcaico da Europa”. Um grande amor, corajosamente assumido ao longo de quase três anos. Em Dezembro de 1980, apanharam uma avioneta para o Porto num clima de tudo ou nada em relação ao candidato presidencial apoiado por Sá-Carneiro, para participar no último comício da campanha eleitoral. O Cessna despenhou-se, foi bomba, morreram abraçados. Um grande escritor partiu daqui para uma ficção em que a heroína traça um retrato nu e cru do país e da sua vida pessoal, em flashback, momentos antes de embarcar na avioneta. S. tinha “uma vida por viver”, como dizia ao marido, que lhe respondeu: “A tua vida é a minha vida.” Mas não era, os filhos e a casa não lhe chegavam. Com o grande político viveu um amor “pleno, íntegro, absoluto, inteiro”. Já é um mito. (QuidNovi, 126 pp, capa dura, € 11)