venerdì

:: Frases de Mario Quintana...



Frases de Mario Quintana
Julio Daio Borges





***O despertador é um acidente de tráfego do sono.
* * *O bom da chuva é que parece que não tem fim.
* * *Quando alguém pergunta a um autor o que este quis dizer, é porque um dos dois é burro.
* * *O primeiro sinal da incompreensão é o riso; o segundo, a seriedade.
* * *Os verdadeiros analfabetos são os que aprenderam a ler e não lêem.
* * *Amar é mudar a alma de casa.
* * *A alma é essa coisa que nos pergunta se a alma existe.
* * *Só o que está perdido é nosso para sempre.
* * *Quem nunca se contradiz deve estar mentindo.
* * *Um lugar só é bom quando a gente pode fugir para outro lugar.
Mario Quintana, em Para viver com poesia, que acaba de sair do forno.

mercoledì

:: O Que é o luxo?


É um privilégio económico, um espantoso savoir-faire, ou uma voluptuosidade de ociosos? Jacques Marseille, Pascale Mussard e André Comte-Sponville, um economista, uma criadora e um filósofo*, reflectem sobre um prazer acessório. Por Viviane ChocasTradução de Ana Isabel Palma da SilvaNo seu Dictionnaire culturel en langue française (ed. Dictionnaires Le Robert), Alain Rey ensina--nos que a palavra “luxo” (luxus) corresponde àquilo que cresce torto, de lado, em excesso. “Luxe” está em primeiro lugar ligado à “luxação”... André Comte-Sponville – Desde a origem que a palavra tem qualquer coisa de pejorativo. É da mesma família que “luxúria”, que indicia um excesso de sexualidade, e ainda da mesma família que “luxuriante”, uma espécie de vegetação excessiva. Existem duas leituras possíveis; uma que é a dimensão do excesso e, nesse caso, todo o luxo é culpado, pelo menos em termos económicos; outra, a noção de desvio, falha. Ao passo que o luxo está mais ligado a distinção, ao dandismo baudelairiano. Pascale Mussard – Estive a ver os textos sobre a casa Hermès desde 1837: a palavra “luxo” não figura nesses textos. Nunca a ouvi na casa Hermès. A. C.-S. – Então que palavra utilizam: “moda”, “elegância”?
P. M. – “Qualidade.” “Sinceridade.” “Valor.” A palavra “luxo” não faz parte do nosso vocabulário. Embora a minha obsessão enquanto criadora seja descobrir uma matéria luxuosa, pretendo, primeiro que tudo, preservar o gesto que trabalha essa matéria. Jacques Marseille – Quando, em 1998, organizei um colóquio sobre o luxo na economia na Sorbonne – onde os directores se sentam nos bancos de madeira do grande anfiteatro, um verdadeiro luxo para eles –, perguntei aos meus alunos: “Para vocês o que é o luxo?” E as respostas que obtive foram bastante banais, do género, “um lenço Hermès”, “um perfume”... “E para si?”, perguntaram-me eles. Eu respondi duas coisas: “Ter uma profissão pela qual sinta verdadeira paixão e não ter carro em Paris.”
P. M. – Eu não tenho um portátil. Ainda escrevo e desenho à mão, com papel e lápis. Um verdadeiro luxo.
A. C.-S. – Eu acabei de desfrutar de um luxo fantástico: tive sete semanas de férias numa pequena casa na Baixa Normandia, onde escrevi todas as manhãs e onde não vi ninguém. Não tenho carro, não tenho telemóvel e não tenho computador. Temos de reconhecer que para se pagar este tipo de luxos que não são caros, é preciso não se ter necessidade. Por definição, o luxo é aquilo sem o que se pode passar. Temos de ter em mente que existem três critérios para se considerar luxo: o prazer raro, o prazer dispendioso e o prazer supérfluo. Basta estar contido num destes três critérios para que se possa falar de luxo. Está a dizer-nos que o luxo é algo que está para além da necessidade. Será que coloca forçosamente uma questão moral?
A. C.-S. – O que coloca uma questão moral é a desigualdade extrema, a injustiça social.
J. M. – À partida, o luxo é não ter necessidade de trabalhar para ganhar a vida. Desenvolve-se na aristocracia e na corte. A partir do momento em que, com a chegada do século XIX, a sociedade, dirigida pela burguesia, coloca o trabalho no centro do seu projecto e vive sob essa pressão, o luxo é obrigado a adaptar-se. Deixa de poder representar apenas o modo de vida de uma classe ociosa. De modo de vida passa a objectos.
A. C.-S. – Na acepção económica do termo, um produto luxuoso tem de ser mais caro do que um produto topo-de-gama equivalente – um sobrecusto que não seja justificado por uma utilidade adicional. Uma colher de ouro é um produto de luxo... e o ouro não serve para nada.
P. M. – Não concordo! Pode guardar-se por gerações.
J. M. – Os fabricantes utilizam muitas vezes esse argumento: o facto de os produtos de luxo serem mais duráveis. É curioso, porque isso esclarece a complexa relação entre luxo e moda. Se o luxo tivesse em consideração fabricar objectos duráveis, isso significaria... a sua própria morte.
A. C.-S. – O luxo é útil em termos económicos mas irrisório em termos éticos. Uma sociedade de pobres é uma sociedade pobre. As grandes descobertas científicas, as grandes criações artísticas surgiram quase sempre em sociedades ricas que anunciavam o luxo. Portanto, por razões sociais, históricas e económicas, é bom que haja luxo. Mas considerá-lo necessário é muito perigoso, pois tornamo-nos prisioneiros dele.
*Pascale Mussard é a directora artística da casa Hermès. Jacques Marseille, professor na Sorbonne, coordenou a exposição 200 Anos de Vida Económica Francesa e a obra O Luxo em França, do século das Luzes até aos nossos dias (ed. ADHE). André Comte-Sponville é o autor, nomeadamente, do Dicionário Filosófico (PUF). Jacques Marseille, demonstra que o luxo se comporta bem em tempos de crise económica. Porquê?
J. M. – Um célebre economista americano (falecido em 1929), Thorstein Veblen, coloca a questão da seguinte forma: como distribuir um produto de luxo? O que ele propõe é: “Coloque um vestido de um tecido luxuoso numa montra. Se o sistema for o de uma economia de mercado, se fixar um preço de 400 euros para o vestido, não o vende. A 1200 euros, sim.” Esta teoria continua actual. Porque o produto de luxo tem de se distinguir. Uma das minhas alunas demonstrou, num estudo sobre o preço a que era vendido o lenço Hermès desde 1937, que cada vez que o preço subia, o lenço vendia melhor. Em tempos de crise, o produto de luxo caro lisonjeia o ego elitista do comprador.
A. C.-S. – O produto de luxo tem uma linguagem e essa forma de expressão, que equivale muitas vezes à marca, paga-se. Essa forma de expressão é distintiva e, nesse sentido, luxo é um produto narcisista.
J. M. – É muito interessante ver que as sociedades que desenvolveram com mais talento a indústria do luxo são as que mais o condenam. O paradoxo é que a França é responsável por metade do volume de negócios do luxo, ao mesmo tempo que os franceses, tradicionalmente, querem cortar as cabeças que são superiores e detestam os ricos!
P. M. – Para fazer um lenço Hermès é necessário o trabalho de umas 60 pessoas. Portanto, o símbolo Hermès, como estatuto, são os clientes que acabam por decidir se querem colocar a marca à frente. Mas para nós, o preço dos nossos artigos tem a ver com a procura da melhor qualidade. O que se paga, na casa onde estou, é a salvaguarda da imaginação, da criatividade, da experiência. Como é que, na casa Hermès, é colocada a questão do útil?
P. M. – É sempre a primeira questão que nos colocamos: um produto para que tipo de uso? Émile Hermès fabricava arreios e, antes da guerra, fabricantes de arreios e selas como Hermès, havia para aí uns 200 em Paris. Hermès ficou só porque desde o início que esta casa tinha como ponto de honra a qualidade e a utilidade. Quando regressa do Canadá em 1918 com a patente dos fechos Éclair, que observara nas capas das viaturas, adapta-os e começa a colocá-los nas roupas e nas bagagens. Inova com um elemento útil. Será que os fabricantes de artigos de luxo cultivam a ambição de fazer história?
J. M. – Existem muito poucas casas de produtos de luxo que foram criadas nestes últimos 30 anos e se mantêm com sucesso. Somos obrigados a constatar que as grandes casas de luxo francesas têm todas elas uma história longa e um nome.
(Revista máxima)

:: Intensa Jennifer Connelly...








Para uma mulher tão inteligente quanto espantosamente atraente, Jennifer Connelly admite que o seu casamento com o actor Paul Bettany tem sido, em muitos aspectos, uma revelação. Curiosamente, o mais recente filme de Jennifer revelou-se uma experiência altamente perturbadora, precisamente devido à proximidade que ela sente a Bettany e à sua vida conjugal com o filho de ambos, Stellan, de quatro anos, e Kai, de 10, filho de uma anterior relação de Jennifer. Em Reservation Road, o novo filme, baseado no surpreendente romance de John Burnham Schwartz, o impensável torna-se realidade para um casal representado por Joaquin Phoenix e Jennifer Connelly quando o filho de ambos desaparece mesmo debaixo dos seus olhos vigilantes e acaba por morrer num acidente fatal. Jennifer começou como modelo aos 10 anos, por insistência de um amigo da família que era director de publicidade. O pai era fabricante de roupas e a mãe negociava em antiguidades em Brooklyn Heights, Nova Iorque. Aos 11 anos de idade, após ter aparecido em anúncios televisivos, teve o seu primeiro papel cinematográfico em 1984, na saga de Sergio Leone, Era Uma Vez na América. Hoje, com 36 anos, Jennifer é a beldade rara de Hollywood que não utiliza o seu sex appeal, preferindo papéis sérios como o que desempenhou em Uma Mente Brilhante [2001], pelo qual obteve o Óscar de melhor actriz secundária, e Uma Casa na Bruma [2003].
Reservation Road deve ter sido emocionalmente muito pesado para si no sentido em que se trata da perda trágica de um filho
Sim, porque os meus próprios filhos estão sempre no meu pensamento e, não estando perto deles, fico duplamente ansiosa. Eu comprei todos esses grandes livros sobre perda e as diferentes fases da dor por que se passa. A desorientação, o choque, a incapacidade de aceitar, a raiva. Enquanto duraram as filmagens eu tinha imensa dificuldade em adormecer à noite porque fico impressionada com estes assuntos. Eu sou assim porque basicamente sou mãe. Teve como efeito tornar o meu amor pelos meus filhos ainda mais intenso porque nos apercebemos quão preciosa é a vida. Foi muito difícil passar diariamente pelo desgosto desta mãe. Houve noites em que peguei no carro e fui a casa, do local das filmagens, em Connecticut, até Nova Iorque, só para dar um beijo aos meus filhos enquanto eles dormiam. Precisava de me tranquilizar. A mãe no filme acaba por conseguir continuar com a sua vida porque tem outra criança, uma filha, para cuidar...
Em cima, quando recebeu o Óscar de melhor actriz secundária pelo seu desempenho em Uma Mente Brilhante. Com Paul Bettany, o marido, e com o filho, Kai. É verdade. Ela volta à vida quando a filha lhe diz: “O pai está outra vez a dormir no sofá. Não há comida e vou chegar tarde à escola, e tu continuas na cama. Então, e eu?” É aí que ela percebe que, apesar da perda que sofreu, o seu papel de mãe tem de continuar.
No entanto, o pai (Joaquin Phoenix) fica obcecado em encontrar o condutor que atropelou o filho e fugiu. O que é que achou disso?
Há muita gente assim. Querem uma qualquer forma de justiça. Primeiro passei muito tempo a observar aquele género de chat rooms da Internet que, neste filme, o pai se sente compelido a visitar, sites onde pais se consolam uns aos outros e engendram formas de apanhar os autores dos crimes. Passado algum tempo deixei de visitar esses sites porque senti que estava, de algum modo, a trair uma confiança – que estava a entrar num território ao qual eu não pertencia.
Grande parte dos seus filmes lida com território emocional difícil. Sente-se, como actriz, atraída para esse género de condição?
Sim, sinto... Tenho tendência para tornar as coisas mais difíceis para mim do que seria preciso. Sempre fui muito dura comigo mesma, desde criança, sempre a tentar ser perfeita e a distinguir-me em todas as coisas.
Isso pode ser um fardo na vida...
Sim, e tem sido. Obviamente que uma pessoa esforçar-se para ser bem sucedida acaba por compensar em muitos aspectos e eu consegui na vida muita coisa de que me orgulho. Mas também sofri muitos medos e baixa auto-estima. Só recentemente, no meu casamento com o Paul [Bettany], é que deixei de me autoflagelar nesse sentido.
Disse que o seu casamento com Paul a ajudou a acalmar-se. Pode concretizar um pouco melhor?
Em relações que tive anteriormente, nunca senti um tão grande empenho. Era muito independente e tinha a minha própria vida. Mas a minha maneira de pensar mudou com o nascimento do meu primeiro filho e com a dor da separação do pai de Kai [David Dugan]. Com o Paul sinto-me verdadeiramente ligada e confortável com o facto de estar apaixonada por ele, de desfrutar do nosso casamento e do tempo que passamos juntos.
Foi uma criança ultra-realizada. Começou por ser modelo aos 10 anos. Isso constituía uma outra forma de se pôr à prova?
A verdade é que a ideia não foi minha. Um amigo da família que trabalhava numa agência de publicidade disse à minha mãe que eu podia fazer carreira de modelo infantil. Para uma perfeccionista que se autotestava constantemente isso só serviu para exacerbar uma série de sentimentos negativos que eu tinha. Talvez não tenha sido a escolha certa para mim, mas levou à representação e, por isso, foi útil, suponho.
O seu primeiro papel foi no filme de Sergio Leone, Era uma Vez na América, onde a sua personagem era a namorada de infância de Robert De Niro. Tinha nessa altura 11 anos e de repente ficou com uma carreira...
Foi incrível. Era a primeira vez que eu via a Itália e que estava num local de filmagens. Foi quase mítico: cenários maravilhosos e montes de figurantes e actores fantásticos.
Essa experiência deixou-lhe o bichinho da representação?
Sim, eu estava constantemente a ir a audições e adorava todo aquele espectáculo do cinema e era uma forma de conhecer gente e de me obrigar a sair deste pequeno mundo fechado que construíra para mim própria. Mas foi uma maneira estranha de passar os anos da minha adolescência. Não tinha amigos, sentia-me velha e consciente e completamente fora da realidade de todos os outros jovens da minha idade.
Rebelava-se contra a sua beleza e contra o facto de os rapazes estarem constantemente a atirar-se a si?
Não é bem assim. Eu nunca me vesti de forma a realçar a minha feminilidade nem de forma a parecer mais atraente. Usava roupas largas e botas da tropa e basicamente mantinha-me afastada de todos. Não era uma companhia lá muito divertida.
Mas em filmes como The Hot Spot com Don Johnson, deve ter tomado mais consciência da sua aparência e do impacto que ela teria em termos da sua carreira.
Sim, mas estava como que a resistir a ficar encurralada nesse nicho. Eu não me importo de ser sexy na tela. Mas queria fazer outras coisas e participar em filmes de que gosto e me tocam. Por isso evitava aceitar papéis em que a minha aparência fosse o centro das atenções e procurava um trabalho em que o centro fosse a personagem e a história, muito embora isso fosse um risco porque muitos desses filmes apenas são vistos por um público limitado, como foi o caso de A Vida Não É Um Sonho [onde Jennifer desempenhou o papel de uma heroinómana], mas foi um dos melhores papéis da minha carreira e trouxe-me muitos outros bons trabalhos.
Como consegue conciliar a responsabilidade de criar um filho com as suas ambições profissionais?
O Paul e eu tentamos alternar a nossa participação em filmes de forma a haver sempre um de nós que tome conta das crianças e possa passar algum tempo com o outro enquanto duram as filmagens. Também tentamos respeitar os períodos escolares do Kai e o facto de o pai dele estar nos Estados Unidos, pois queremos assegurar-nos que essa relação se mantém forte. Normalmente conseguimos uma boa gestão de todas essas coisas, embora por vezes se possa tornar um pouco frenético e tenhamos de viajar bastante para manter a família unida!

:: Lazer - livros...
















O Teu Nome Flutuando no Adeus, de vários autores Alicia Gimenez Bartlett, António Sarabia, Horácio Vazquez-Rial, José Manuel Fajardo, José Ovejero, Luis Sepúlveda, Mário Delgado Aparain, Mempo Giardinelli e Nuria Barrios reunidos num livro sobre o amor. Os nove romancistas foram convocados a recordar desencontros amorosos, naufrágios afectivos,...ler artigo >>>

Cecília Supico Pinto, de Sílvia Espírito Santo Trata-se de um testemunho único e fundamental de uma protagonista do século XX, que depois do 25 de Abril optou pelo anonimato. Cecília Supico Pinto fundou o Movimento Nacional Feminino, foi casada com um homem forte do regime, foi amiga e confidente de Salazar e visitou o cenário da guerra...ler artigo >>>

Porque Acontecem Coisas Boas às Pessoas Boas, de Stephen Post e Jill Neimark Uma vida mais longa, mais feliz, mais saudável. Mas, acima de tudo, uma vida com significado. Se a ciência lhe dissesse que isso seria possível com a simples mudança de um comportamento, mudá-lo-ia? Neste livro, Stephen Post e Jill Neimark conjugam a ciência emergente do amor e da generosidade com...ler artigo >>>

O Bilhete Premiado da Vida, de Brendon Burchard Uma história triunfante de desenvolvimento e transformação pessoal que irá inspirar todos os leitores que alguma vez desejaram ter uma segunda oportunidade na vida. Este livro conta a história de um homem que está de tal maneira encurralado nas prisões do seu passado, que não consegue ver as...ler artigo >>>

Cerejas de Celulóide, de Zilda Cardoso Este é um livro que vive de sentimentos entrelaçados, que nos envolvem. São pequenas coisas a desenharem brandas emoções. A autora escreve sobre o mundo das mulheres, da sexualidade, do valor da vida, e da morte, sobre a política social. Mas escreve também sobre a cidade, o cinema, o circo, o...ler artigo >>>
(Revista Máxima)


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