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Educação é a sua especialidade. Mas Isabel Alçada tornou-se conhecida pelos seus livros de aventuras destinados ao público infanto-juvenil. Agora, está à frente do Plano Nacional de Leitura. E quer pôr o país a ler mais.

Consegue um raro equilíbrio entre a mais completa serenidade e uma
inesgotável energia. É, talvez, o resultado de uma infância e uma juventude normalíssimas, em que cresceu feliz. Era a mais velha de três raparigas e a
casa estava sempre cheia, na sua maioria de mulheres: tias, primas, amigas. Desde pequena Isabel sempre leu muito. “Escondia-me atrás dos cortinados
para não se lembrarem de mim e deixarem-me ler à vontade. É que a minha
era uma família em que toda a gente convivia muito, muito baru-lhenta e comunicativa. E, nesse sentido, às vezes nem havia tempo para estar sozinha
a ler”, recorda. Adorava os contos tradicionais, recheados de fantasia e
magia. Depois, passou para as histórias mais ligadas à realidade: como as das séries Os Cinco e Brigitte. “Havia uma autora nacional cujos livros, na altura, devorei: a Virgínia de Castro e Almeida que, com obras como Céu Aberto e
Pleno Azul, revelou que tinha muita perspicácia sobre o que era a infância
e o que agradava aos mais novos. E transportava nos livros informação muito interessante.” Na adolescência, o seu grupo de amigos valorizava muito a
leitura e a cultura. “Tentávamos de alguma forma afirmar-nos perante o
grupo com a leitura que tínhamos feito. Isso é muito positivo, porque na adolescência a tendência é deixar de ler”, refere, lembrando que nunca na
vida teve fases em que não tivesse sido uma leitora intensiva.
Isabel Alçada é uma referência para crianças e jovens que têm nos seus
livros uma grande fonte de diversão.
O ar delicado de Isabel Alçada esconde uma mulher dinâmica e cheia de
energia, que adora acordar cedo e que detesta ficar sentada a pasmar.
O trabalho, ainda que informal, surgiu cedo na sua vida. Aos 15 anos dava
lições de Francês em casa, para os meninos do prédio. “Vinham primeiro
quando estavam aflitos e, depois, passei a dar lições numa base regular.”
Deu também explicações à irmã mais nova, trabalho que lhe rendia 25
tostões por lição. Mas a vida profissional “à séria” começou num centro
privado de psicologia e formação. Mais tarde foi para o Ministério da
Educação, ainda antes de ser professora. “Foi em 1975, uma época
extraordinária em que havia muitas ideias novas, muita abertura de
espírito para se trabalhar em muitas direcções. Foi extremamente
enriquecedor.” A experiência a dar lições na adolescência abriu-lhe o
apetite para mais e o magistério acabou por ser a car-reira escolhida.
Por altura do estágio como professora, ficou espantada com o que
encontrou. “Dava aulas de Português e História, e fiquei surpreendida
por ver tantas crianças que já andavam no 5.º ou 6.º ano e que ainda não
tinham lido um livro de fio a pavio. Com a minha experiência limitada,
não tinha a consciência do problema.” Ao trocar impressões com uma
colega que se confrontava com o mesmo problema – Ana Maria Magalhães –, decidiram não cruzar os braços e optaram por procurar uma forma de transformar esta situação, uma maneira de fazer com que estas crianças descobrissem o prazer de ler. Começaram, então, a escrever pequenas
histórias para os alunos. “Histórias que tivessem muito a ver com eles,
que lhes dessem abertura de espírito e lhes permitissem imaginar outras realidades, mas que, ao mesmo tempo, tivessem o ritmo rápido que a
acção pede e que o século XX, na altura, exigia. Não podíamos estar com
livros muito contemplativos.” Nasce aí uma parceria para a vida, que já
deu origem a mais de 80 livros, sempre escritos em conjunto, e que continua
em plena actividade. A pouco e pouco, as histórias multiplicavam-se e iam aumentando de tamanho. “Já tínhamos ideia de que o progresso na leitura
se faz por patamares sucessivos de dimensão daquilo que se lê.” Das salas
de aula para a Rede Nacional de Bibliotecas foi um caminho natural.
Aconteceu há cerca de 11 anos, quando Isabel Alçada coordenou a equipa
que projectou o conjunto de características que as bibliotecas escolares
deveriam ter para ser bibliotecas do seu tempo, preparadas para dar
informação multivariada e aberta aos mais novos. “A partir desse projecto
vim sempre sonhando, estudando e observando à distância o que se passava
nos outros países relativamente ao incentivo à leitura. E a ideia de lançar em Portugal um plano nacional de leitura foi ganhando forma.” Para Isabel
Alçada, hoje estamos muito melhor do que na altura em que começou a dar
aulas. “Lê-se mais e, se antes já havia uma receptividade da leitura na sala
de aula, nos tempos que correm é o Ministério da Educação que a recomenda como uma orientação curricular. E vemos que nos países onde isso acontece,
onde se lê todos os dias histórias, contos, poemas, livros de ciência, entre
outros, na sala de aula, há um maior progresso do desenvolvimento da leitura.
A idade própria para se preparar para começar a leitura é os seis meses e
não os seis anos. E se a família ler em casa com as crianças, os ganhos são
enormes no desenvolvimento intelectual, cognitivo e até afectivo.” Isabel
Alçada foi convidada, então, para integrar a equipa que preparou o programa inicial sobre as bases do Plano Nacional de Leitura (PNL). Foi desafiada para ficar à frente do projecto e vestiu completamente a camisola. O PNL arrancou
em 2006 e a sua linha principal é ler mais, como diz o logótipo. “É da
diversidade e da quantidade da leitura que se atinge o progresso da
competência. E o objectivo do plano é criar condições para que na escola, na família, na biblioteca e nos outros espaços de convívio se leia mais; que a
leitura se torne uma presença na vida das pessoas e que o acesso ao livro seja facilitado”, explica a comissária. O plano tem um importante papel na valorização das iniciativas da sociedade civil e de outras instituições,
acolhendo-as e incentivando a sua execução. “Nós assumimo-nos como
motor de iniciativas e como divulgador da sociedade.” Ao fim de pouco
mais de um ano de trabalho, o balanço geral é mais que positivo. Em relação
ao ensino básico, por exemplo, conseguiram que praticamente todas as escolas aderissem. “Foi um ano rico em experiências e aprendizagens. É muito bom vermos a adesão dos profissionais e da sociedade em geral a uma ideia que, no fundo, é simples e pode ser tão importante para o desenvolvimento.”“Neste
curto espaço de tempo, foi muito importante ter havido projectos que não partiram de nós, assim como foi importante o facto de ver as empresas a quererem participar no plano. O apoio de fundações como a Calouste
Gulbenkian, a Aga Kahn e a Luso-Americana, entre muitas outras, foi
igualmente marcante, pois ajudaram-nos na fundamentação científica
do plano, dando apoio ao conselho científico, e no financiamento da vinda a Portugal de especialistas estrangeiros que nos vêm ajudar a debater estas questões. O trabalho conjunto com diversas associações também merece destaque.” Isabel Alçada destaca ainda duas outras conquistas relevantes
neste primeiro ano de vida do plano: o sucesso do site (www.planonacionaldeleitura.gov.pt) e o do Clube de Leituras, que é um
clube de blogs e de informação sobre leituras. “Já temos inúmeras pessoas
e blogs sobre livros e leituras inscritos. São visitadíssimos. Tem sido uma dinâmica muito positiva.”“Temos de ir muito mais longe. O plano tem
de ser um nó de divulgação e promoção de encontros de divulgação de
programas e projectos”, remata, animada.
Revista Máxima
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Sexo: Feminino
Local:
Portugal

lunedì

:: Tenho Pena...


Tenho pena e não respondo
Tenho pena e não respondo.
Mas não tenho culpa enfim
De que em mim não correspondo
Ao outro que amaste em mim.
Cada um é muita gente.
Para mim sou quem me penso,
Para outros --- cada um sente
O que julga, e é um erro imenso.
Ah, deixem-me sossegar.
Não me sonhem nem me outrem.
Se eu não me quero encontrar,
Quererei que outros me encontrem?
Fernando Pessoa


Poemas de Pessoa
Fernando Pessoa - Biografia, Poemas e Fotografias

Fernando Pessoa

A a Z de Fernando Pessoa - poemas - Obra Completa - mDaedalus.com

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