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:: Fala-se de Musica...

Resumo 2000--2008, de Balla
Bendita a hora! A modernidade portuguesa, mesmo de gosto retro espalhado por arranjos e palavras, de Gainsbourg ao swing, não pode ignorar Armando Teixeira. Ou seja, Balla, bem “comprimido” em disco (e bónus) obrigatório em qualquer colecção.
Cool Tributes – Pop Standards Revisited de Vários
Os apreciadores de versões não desdenharão este registo (duplo): Billie Holiday e os Beatles, Stranglers e Nirvana, Aretha Franklin e Terence Trent d’Arby. Em muitos dos 38 casos, uma revolução total e sedutora.

Story Teller, de Marta Hugon


De novo com o trio (piano, contrabaixo, bateria), com guitarra e trompete de ocasião, aí está a prova de um crescimento saudável e sem corantes da cantora portuguesa. Continua por terrenos de jazz, a que chama até Paul Simon e Chico Buarque. Brilhante.


Mr. Love & Justice, de Billy Bragg



Este inglês que esteve em “todas” as manifestações contra a senhora Thatcher e acabou profundamente desiludido com o New Labour de Tony Blair não desiste da política – radical e frontal. Mistura-a com canções de amor ardente, igualmente ingénuas.



Discipline, de Janet Jackson




Ao terceiro contrato milionário e dobrados os 40 anos, a irmã mais nova de Michael demonstra uma extraordinária capacidade para se reinventar. A dança está mais concisa, seca e eficaz – e tem, ao menos, três êxitos garantidos.




E, haja Deus!, voltou a ser sexy.




Tucanas, de Maria Café









Um belo exemplo de como um projecto sem modelo tradicional – a base são mesmo as percussões, a que se juntam as vozes e um acordeão – pode resultar numa aventura fascinante. Do Brasil a África, mas sobretudo português e imaginativo. Estreia alta.





Rain , de Joe Jackson






Observador, apaixonado (pessimista…) e mestre da ironia, Jackson não muda. Volta a deixar de fora a guitarra eléctrica e a não precisar de mais do que voz, piano e secção rítmica para dar uma lição pop. Os requintes estão-lhe na massa do sangue. Perfeito.






Hard Candy, de Madonna







Hard Candy, o novo álbum de Madonna, vai ser assunto incontornável de conversas mundanas. Salta para as ruas a 28 de Abril, e há a hipótese, através da Internet, de os fãs incondicionais da diva da Pop comprarem o álbum antes do lançamento. Está também disponível uma edição de luxo. Depois de Hung Up, em 2005, o novo êxito estará na canção 4 Minutes.

































Seventh Tree de Goldfrapp










Trocaram a licra, as roupas sintéticas e brilhantes das pistas de dança pelo linho, mais condizente com ambientes bucólicos – se a imagem viesse da moda e não da música, esta seria a abordagem ao quarto álbum da dupla Goldfrapp. O choque dá-se logo de entrada, quando as camadas electrónicas arquitectadas para os dois discos anteriores são derrubadas por uma guitarra acústica e por um suave arranjo de cordas, os sinais de Clowns. O parâmetro, em momentos anteriores, chegou a ser Madonna. Agora, tudo muda: volta a influência de Kate Bush; regressam as guitarras atmosféricas à moda dos Orbital, com quem Alison colaborou na “pré-história”; paira uma piscadela de olho ao jeito dos St. Etienne; para complicar de vez, há momentos em que Miss Goldfrapp parte para a herança de Elizabeth Fraser (Cocteau Twins). Canções como Happiness, Road To Somewhere, Eat Yourself ou A & E confirmam: fica bem um intervalo nas danças; se não, ainda se acaba no meio da tristeza dos “sempre em festa”.






















19, de Adele











Claro que uma presença tão forte como a de Amy Winehouse teria de dar direito a uma escola. No caso de Adele Laurie Blue Adkins, nascida a 5 de Maio de 1988, não será tanto a voz (entre Melanie Safka e Etta James) mas a atitude depressiva que a matricula. Em estado puro, já é uma revelação de 2008. Soberbo. E vem aí Duffy…