mercoledì

Em 2007...




Em 2007 aprendi que há coisas na vida pelas quais lutamos e conseguimos. E outras pelas quais não vale a pena lutar. Aprendi a ouvir críticas sem reservas e elogios com alguma desconfiança. Aprendi que o tempo não se perde, gasta-se. Que o tempo que temos para quem amamos é sempre pouco. Que as pessoas de quem gostamos também ficam muito doentes. Que a amizade é um dos sentimentos mais bonito, mas muito difícil de encontrar. Aprendi que não se chama amigo(a) gratuitamente, a quem conhecemos ou falamos à uns dias. Amizade é muito mais que a palavra.






Que tenho uns pais que adoro excepcionais.



Que tenho um marido o mais amigo, companheiro, único, e que tenho o maior orgulho. Que o sucesso é efémero e consome. Que existem pessoas que tratam e humilham outras pessoas, quando sentem que estas estão debilitadas.



Que às vezes é preciso respirar fundo antes de responder, calar em vez de falar, fechar a gaveta sem a arrumar.



Que a vida nos traz situações que não esperávamos, e que temos que partir para a frente como se enfrentasse-mos um furacão. Em outras alturas traz-nos aquilo que mais desejamos e que quando alcançamos objectivos, temos que ter outros, senão a vitória não sabe a nada porque já foi conquistada.



Este ano de 2007 aprendi que não vale de todo a pena tentar aproximar-se de certas pessoas, quando elas jamais vão estar lá. Aprendi a respeitar e a ouvir os outros corações bater a um ritmo diferente do meu, que cada alma tem o seu modo e o seu tempo, que amar é saber respeitar o tempo e o modo de cada um.



Que não somos uma ilha, e precisamos todos uns dos outros, mesmo daqueles que sabemos que jamais estarão presentes...mais que não seja para os recordar.



Que a distância não tem nada a ver com quilómetros. Que ninguém constroí uma ponte sozinho. Que ausência (de alguns que amamos) doí muito.



Que quando se começa a construir alguma coisa, tem que ser pedra sobre pedra.



E que às vezes mais vale deitar tudo abaixo e começar de novo. Limpar as fundações e definir novas estratégicas. Que estar parado também é uma acção. Que estar calado também é comunicar. Que ficar quieto pode ser a forma mais inteligente de agir.



Este ano de 2007 descobri que cada vez gosto mais de Arte, que não sei viver sem ela. Que prefiro apreciar um quadro ou uma escultura sentada no chão sem sofá algum... Do que ter um conjunto lindíssimo de sofás e não ter o quadro ou a escultura.



Que o carinho ou uma palavra ternurenta é um bem precioso.



Que a solidão tem cor, cheiro e sabor e que me sinto bem muitas das vezes com ela. Aprendi a estar comigo.



Que a proximidade é uma arte. Que a generosidade que temos reverte sempre a nosso favor. Que a sinceridade é uma arma perigosa. Que o amor tem muito de guerra e muito de paz.



Aprendi que sou mais forte do que imaginava. Isto não é de todo um auto-elogio. Mas depois das muitas más situações que vivi este ano... Comprovei-o! Não vou de todo mencioná-las aqui, até porque são muito privadas e este blogue não é um diário para mim.



Aprendi que o tempo nos dá maturidade, e que nos ensina a distinguir o que é urgente daquilo que é mesmo importante, que nos mostra onde estão os verdadeiros amigos, que nos dita quais os princípios pelos quais nos regemos e como devemos lidar com as nossas fraquezas. O tempo ensina-nos a viver com os nossos defeitos e a respeitar as diferenças dos outros. Aprendi que nos dá sabedoria, tolerância, paciência, distância, objectividade, clareza mental.



Afasta as dúvidas e as hesitações. Aprendi que poupa-nos de decepções e enganos.Abre-nos os olhos quando somos os únicos a não ver. e dá-nos força para continuar, mesmo que alguém que nós amamos seja uma ausência, uma perda, uma falta,uma desilusão.



Aprendi que no fundo andamos todos à procura do mesmo: tranquilidade, doçura, confiança e estímulo.



Em 2007 aprendi que quero 2008 muito melhor. Que tudo na vida pode ser sempre melhor. Muito melhor. Muitíssimo melhor!!!